Inserido no Dia Mundial da Poupança que se celebra a 31 de Outubro, vamos abordar a questão de como fazer poupança de forma organizada.
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O dinheiro não estica até ao fim do mês…
Existem muitas estratégias de poupança, mas existe uma expressão que os anglo-saxónicos utilizam que traduz a minha estratégia favorita: “Pay yourself first.” Quando o dinheiro está na conta ou na carteira, escapa-se mais facilmente, por isso, pague primeiro a si mesmo. Ou seja, quando o ordenado ou outra fonte de rendimento cai na conta ponha logo de parte. Ao colocá-lo de parte, está a contribuir para o seu hábito de poupança.
Por norma, primeiro pagamos as contas e dívidas, depois gastamos em lazer e, por último colocamos o que sobrou na poupança. O desafio aqui é alterar a ordem das nossas prioridades, e passar a poupança para primeiro lugar, depois as contas e, por fim, mas não menos importante, o lazer.
Poupar para quê?
Poupar só por poupar não parece muito motivador, até porque muitas vezes olhamos para a poupança como algo que não vamos tirar partido num futuro próximo. Por vezes, é preciso passar por determinadas situações para termos a noção que um dinheiro de parte teria dado muito jeito. Um problema de saúde em que é preciso fazer um exame no privado para acelerar o processo ou um acidente de viação sem seguro de danos próprios. Estas coisas acontecem a toda a gente e, se está a ler este artigo, desconfio que também pode acontecer a si, embora, lhe deseje todo o bem do mundo.
Actualmente, temos 3 destinos principais (fundos) para a nossa poupança:
- Emergência: para situações de crise (ler um artigo sobre o Fundo de Emergência);
- Automóvel: estamos a poupar para comprar um automóvel nos próximos tempos;
- Viagens: estamos a poupar para uma viagem ao estrangeiro mais elaborada a médio prazo (por exemplo, gostávamos de ir a Nova Iorque lá para 2014);
Poupar quanto?
Saber quanto pode poupar de forma realista é um processo que pode envolver algumas contas. Contudo, se não tem paciência para grandes orçamentos, pode fazer à experiência e com o tempo ir definindo a melhor distribuição. Em todo o caso, comece com valores que tem a certeza que poderá colocar de parte sem atrapalhar as suas finanças pessoais.
O nosso exemplo
Cá em casa, criamos uma taxa de poupança a nosso favor de 20%. Ou seja, tudo aquilo que são rendimentos, seja ordenados, juros, lucros, subsídios, ofertas, 20% do seu valor é transferido imediatamente para a conta de poupança, mais concretamente, para o nosso Fundo de Emergência. Mais recentemente, estabelecemos 2 novos fundos de poupança: para adquirir um carro novo (6%) e para viagens (4%). Não é perfeito, mas neste momento cobre grande parte das nossas necessidades e com o tempo a distribuição irá sofrer ajustes. No seu caso, só precisa de encontrar a que melhor se ajusta às suas necessidades.
A ilustração seguinte mostra um exemplo de distribuição de rendimentos pelos respectivos fundos de poupança:
Onde colocar a sua poupança?
Saber colocar as poupanças no sítio certo também faz parte do processo de poupar. Poupar não é só colocar dinheiro de parte, é importante deixá-lo num local onde possa ser valorizado, pelo menos, para contrariar o efeito da inflação. Por isso, recomendo que o deposite numa conta a prazo ou aforro num banco que não cobre comissões (a banca online é um bom exemplo), que permita fazer reforços e tenha uma taxa de juro interessante. De referir também que para o Fundo de Viagens – um fundo cuja movimentação de capital é mais frequente do que no caso do Fundo de Emergência – interessa constituir uma conta que permita alguma liberdade de movimentação de capital com perda de juros apenas parcial.
Tem estratégias de poupança diferentes? Partilhe as suas ideias deixando um comentário!