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Porquê um fundo de emergência?
Existem muitas razões para que tenha um fundo de emergência. Em situações de aperto em que podemos precisar de dinheiro rápido, das duas uma: ou o temos ou não. Se não, temos de recorrer ao crédito para o obter. Nos últimos tempos, obter um crédito já não é tão fácil como antes e, consequentemente, os juros subiram consideravelmente.
Estudos recentes confirmam o que parece óbvio: sem fundo de emergência, na maioria das situações o problema acaba por se traduzir em mais dívida e, por isso, uma situação financeira pior.
Quanto?
Se ter um fundo de emergência parece ser senso comum, já o valor do mesmo divide muitas opiniões. Da literatura que tenho lido, alguns autores referem 750-1000€, outros baseiam-se no total de custos mensais, o qual é multiplicado por um determinado número de meses. Por exemplo, para quem tem 1000€ de despesas mensais, deverá multiplicar este valor por 3 ou 6 meses para saber o seu valor de referência.
Despesas mensais: Condomínio, Creche, Prestações de crédito, Água, Gás, Electricidade, Internet, TV, Telefone, Móvel, Seguros, Alimentação.
Quando começamos o nosso fundo de emergência, tínhamos alguns créditos e dívidas que não nos permitiam ter a liquidez que gostaríamos. Por isso, fizemos uma abordagem em duas partes. Primeiro, fizemos um com as despesas para um mês e pouco mais do que isso. Depois, concentramo-nos em abater os créditos e dívidas que tínhamos amortizando, deixando apenas o crédito à habitação. Por fim, tendo mais liquidez, foi-nos possível aumentar o fundo de emergência para suportar as despesas por mais meses. Existem muitas formas de abordar este problema, esta foi a que seguimos e funcionou connosco.
Quando?
Dentro de uma estratégia de planeamento das finanças pessoais, a constituição de um fundo de emergência é um dos primeiros passos a ter em conta. Não querendo parecer muito dramático, os acidentes acontecem quando menos se esperam. Por isso, mãos à obra!
Como?
A primeira abordagem será reduzir despesas. Um fundo de emergência não se amealha de um dia para o outro e, por isso, 20€ aqui, 30€ ali, um prémio, um subsídio são formas de ir enchendo aos poucos o “porquinho”.
Depois, procure um banco que lhe ofereça um depósito a prazo com juros razoáveis. Visto ser dinheiro parado, não faz sentido que ele não esteja a render. Evite despesas de manutenção, recusando cartões ou outras formas de tornar facilmente o dinheiro acessível (também ajuda a evitar tentações!). Contudo, tratando-se de dinheiro para emergências, estas geralmente não esperam e como tal, o montante depositado deve ser rapidamente mobilizável (máximo 1 a 2 dias).
Conclusão
Tomar conta das nossas finanças pessoais ajudou-nos a estabelecer regras que no limite, ajudam a reduzir o número de surpresas indesejáveis que têm sempre consequências negativas. A constituição de um fundo de emergência é um dos muitos passos a seguir, senão mesmo o primeiro. Cá por casa já o temos implementado há 3 anos e foi utilizado 2 ou 3 vezes. É importante planear a sua recuperação após uma necessidade. Atualmente, temos cerca de 6 meses de despesas cobertos pelo nosso fundo de emergência, e estamos a planear aumentá-lo para 12 meses. Uma coisa é certa, um fundo de emergência não é a solução para todos os nossos problemas futuros, mas que ajuda a dormir um pouco mais descansado todas as noites, ajuda!
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