Uma das conversas que muitas vezes temos em família é se deveríamos constituir contas poupanças para as nossas filhas. Embora ambas ainda sejam muito pequenas, já vão tendo uns mealheiros com bastantes moedas que vão “sacando” ao pai e a mãe, ou então fruto de ofertas de familiares e amigos. Grande parte das ofertas acabamos por utilizar na nossa gestão do dia-a-dia (sejam para gastos ou poupança) mas moeda aqui, moeda ali e uma notinha de vez em quando, com o passar dos anos, os mealheiros já devem ter o suficiente para iniciar uma conta poupança para crianças.
No entanto, não sou grande adepto desta via pois as contas poupança para crianças não são competitivas face a outras opções a prazo existentes no mercado. Hoje em dia, conseguem-se depósitos a prazo com taxas de juro superiores à oferta para o segmento infantil que muitas vezes oferece taxas que nem sequer conseguem compensar o efeito da inflação. Um artigo recente da DECO sobre este tema confirma esta situação que não se alterou entretanto.
Para não deixar este dinheiro parado, podemos transferí-lo para uma das nossas contas poupança menos acessíveis (por exemplo, a conta poupança do fundo de emergência) e deixar dentro do mealheiro um “vale” com o respectivo valor. Mais tarde, quando chegar a idade de começar a lidar com as primeiras moedas e notas, então, voltamos a trocar os vales por dinheiro, ou parte deles de forma progressiva.
Diga-nos o que pensa desta abordagem? Que outras estratégias utiliza para aplicar as poupanças dos seus filhos mais novos?